029 - Caminhos Divergentes! Batalhas e Pesquisas.
- Seu irmão ligou? Perguntou Karina para Clara enquanto as duas se preparavam para dormir depois da derrota de Drake no ginásio de Upper.
- Na verdade fui eu que liguei. Queria dicas sobre como usar golpes do tipo grama do Sunkern. Ele tem um Grovyle e sabe bastante sobre pokémons de planta. – Clara já havia colocado seu pijama de Togepi e estava pegando as muitas cobertas necessárias para que ela não sentisse frio algum. – Não sei se você se lembra, mas o Henrique, meu irmão, está trabalhando em um laboratório, cuidando de pokémons abandonados e feridos. Então, depois de ficar sabendo que não haverá concursos por algumas semanas devido à doença da apresentadora, ele nos convidou a passar alguns dias no laboratório com ele. Não é muito longe daqui.
- Seria bom para o Drake refrescar a cabeça depois da derrota. O problema é que Rodrigo quer desafiar o cérebro da fronteira que fica aqui por perto. Não sei se ele vai topar isso.
- É... Vamos ver amanhã com eles. Boa noite! Tomara que não faça muito frio hoje.
- Boa noite “friorenta”. Karina respondeu se virando para dormir.
No meio da noite a porta do dormitório dos garotos se abriu e um vulto pôde ser visto saindo. Sorrateiramente ele andou pelos corredores do Centro Pokémon sem querer ser visto pela enfermeira Joy ou sua Chansey, que ficavam de plantão. Ao chegar à porta que queria, levantou os braços e realizou seu trabalho pelo buraco da fechadura. Quando tudo estava certo uma risada ecoou baixinha pelos corredores e não acordou ninguém.
- Ka... ri... na... Você está acordada? Hein? Karina?
- O que foi Clara? A garota respondeu ainda meio dormindo.
- Você não está sentindo esse frio todo? Perguntou Clara encolhida em seus 5 cobertores. Que a princípio eram desnecessários já que havia aquecimento interno no Centro. Com os olhos inchados a outra garota respondeu:
- Está frio mesmo. Estranho isso, ontem não estava frio assim. Já sei. Cyndaquil precisamos de uma ajudinha sua.
Uma pokebola apareceu na mão de Karina e ao ser aberta, produziu um brilho intenso que se transformou no pequeno Pokémon de fogo. Ele também estava sonolento.
- Use um pouco dos seus golpes de fogo par aquecer o quarto.
Minutos depois o quarto já estava mais quente do que elas precisavam. A pedido de Karina, Cyndaquil dormiu fora da pokebola para que o calor do seu corpo pudesse ajudar a aquecer. O resto da noite foi calmo e sem mais problemas. O vento frio batia na janela e não conseguia invadir o quarto, lá fora a neve caia sem interrupção e espantava todos os tipos de pokemons voadores que por ali passavam.
Na manhã seguinte Karina acordou bem cedo para a sua corrida matinal de treinamento com Poliwirl. Além de Poliwirl, o imperativo Plusle também a acompanhava todas as manhãs. A garota se levantou, trocou de roupa e foi conferir se Cyndaquil tinha dormido bem. Entretanto, o Pokémon não se encontrava onde deveria estar: no corredor entre a cama dela e o monte de cobertor no qual Clara se escondia.
- Clara! O Cyndaquil sumiu. Ela falou alto, mas sem chegar a gritar.
- Anh? O que foi? Clara respondeu assustada com o barulho.
Nesse momento, Karina percebeu que Cyndaquil também estava debaixo dos cobertores. Provavelmente, Clara o pegou durante a noite para se aquecer mais ainda. No entanto, outras coisas aconteceram.
- Não! Meu cobertor de Lunatone! Está cheio de buracos! Clara gritou em desespero.
- Mas também não deveria ser diferente, já que o Cyndaquil dormiu com você. As chamas dele devem ter acendido enquanto ele sonhava. Agora esses Lunatones estão mais parecidos com Solrocks. Karina respondeu ao ver o cobertor e as marcas de fogo.
Cyndaquil olhou para as duas com expressão de desculpas. Se ele pudesse falar, talvez tivesse dito que não foi de propósito.
- Pelo menos o meu cobertor de Flareon continua intacto. Ufa. Clara falou se acalmando e perdoando o pequeno pokémon de fogo.
Karina não queria perder mais tempo, então colocou sua blusa de frio e saiu para correr com Plusle e Poliwirl, deixando Porygon, Cyndaquil e Rotom aos cuidados da enfermeira Joy. Mais uma vez o sol raiava solitário no céu, sem nenhuma nuvem para lhe fazer companhia. Mesmo assim, o frio era intenso e a neve parecia longe de derreter. Plusle parecia não se importar com a temperatura, enquanto Poliwirl tinha a expressão de que a água que estava dentro de seu corpo congelava mais e mais a cada instante.
Plusle corria na frente, acenando para sua treinadora e seu companheiro irem mais rápido a todo instante. De vez em quando ele usava o Iron Tail para retirar a neve do caminho. De repente algo chamou a atenção do rato elétrico.
- Plusle volte aqui. Não vá criar confusão com pokémons selvagens. Karina falou enquanto desviava do caminho para resgatar o bagunceiro.
Todavia, ele havia parado de perseguir seu alvo e Karina pode ver o motivo. Era uma Froslass que estava parada encarando-o e preparada para batalhar. A cara dela dava medo em qualquer um, era como se estivesse usando o Scary Face. Atrás dela estava um pequeno Snorunt que parecia feliz por estar sendo protegido.
- Vamos fugir. Disse Clara para seus pokemons, sabendo que eles iriam passar dificuldades contra uma Froslass.
Mas foi tarde demais, Frosslas já havia usado o Double Team para se multiplicar e cercar o Plusle. Todas as cópias então começaram a usar o Powder Snow em direção ao Pokémon elétrico. Em resposta, Plusle colocou a língua para fora e fez careta para o Snorunt.
Karina observou tudo aquilo e viu que o Plusle ia ser acertado em cheio. Mas quando o ataque de gelo estava se aproximando, Plusle apareceu ao lado de sua treinadora. Ele havia usado o Substitute e deixado uma cópia de si mesmo como distração. “Pelo menos ele é esperto.”
A corrida matinal continuou, até que eles chegaram perto do Centro Pokémon. Como sempre, Plusle corria na frente. Ele, então, virou par trás tentando se gabar de que era mais rápido e tropeçou feio, caindo de cara no chão. Karina conteve o riso e foi ver o que tinha acontecido. Ela percebeu que havia um pequeno nó feito de grama em volta do pé do Pokémon e pode escutar uma risada bem baixinha vindo de certa direção. Logo depois, a risada se transformou em gargalhada quando o Plusle se levantou com a cara ainda amassada devido à queda. Entretanto, essa cara durou pouco tempo, já que uma expressão de Kangaskhan enfurecido tomou seu lugar.
Um Thunderbolt carregado com toda a raiva foi em direção à árvore de onde vinha a risada. Recebendo o golpe, um Snover saiu do seu esconderijo eletrocutado. Os dois, Plusle e Snover, então se encararam. Os olhos de ambos estavam bem abertos e esperando a ação do oponente, mas foram interrompidos por uma voz:
- SNOVER! Para variar você não está prestando atenção no treinamento. Volte aqui agora.
Karina se surpreendeu ao ver Drake por ali. Mais atrás estavam seus outros cinco pokémons: Wartortle, Cubone, Ledian, Vulpix e Dratini. Parecia que ele estava treinando. Ao vê-lo ela sorriu e não foi correspondida. Drake fez uma expressão de incomodado, parecia que ele estava com vergonha de ter perdido a batalha de ginásio. A garota resolveu não tocar no assunto:
- Seu Snover usou as técnicas que ele aprendeu enquanto fazia o show para derrubar o Plusle. Assim os dois ficaram encarando um ao outro.
- Eu já disse para você não fazer isso. – Drake disse nervoso para seu Pokémon. – Agora vamos voltar para o treinamento.
Snover fez uma cara de desprezo para Plusle e foi correspondido com uma careta e uma língua para fora, assim como foi feito com o Snorunt. Karina, por sua vez, voltou para o Centro Pokémon, recolheu todos os seus pokémons e foi procurar por Clara e Rodrigo.
- Ai estão vocês! Drake está lá fora treinando. Parece que perder o deixou bem chateado e agora ele vai se esforçar mais.
- É verdade. Ele mal dormiu de noite e saiu bem cedo para treinar. Já está lá há horas. – Disse Rodrigo pensativo. – Mas, aqui o assunto é outro. Clara arranjou uma carona para ir até o laboratório onde Henrique trabalha e vai hoje mesmo para lá. Temos que decidir se vamos com ela ou não.
- Por mim tanto faz. Não tenho nenhum compromisso. Ela respondeu.
- Rodrigo, não precisa ir por minha causa. Eu sei que você quer conseguir o seu primeiro símbolo da fronteira. Pena que eu não poderei assistir à luta. Clara falou para o amigo.
- Você já não iria de qualquer forma. Pelo que me falaram o campo de batalha é a céu aberto e nesse frio você não ia ficar assistindo nada. – Ele retrucou. – Então vou ficar para o desafio e eu prometo vê-la em seu próximo concurso. Mas acho que a Karina devia ir, creio que lá ela poderá ter uma surpresa.
- Surpresa? Eu?
- É! Lembra-se do presente que lhe dei? Talvez lá você consiga revivê-lo.
Karina se lembrou do fóssil que recebeu em troca de ajudar Rodrigo com seu Larvitar. Ele andava a tanto tempo no fundo de sua mochila que mal se lembrava dele.
- É mesmo! Esses laboratórios costumam conseguir reviver os fósseis. Então é isso. Vou com você Clara. Agora só falta saber o que o Drake vai querer.
Os três estavam saindo do Centro Pokémon quando Frella entrou dando passos rápidos. Ela os cumprimentou com o olhar e foi falar com a enfermeira Joy. De onde estavam puderam ouvir tudo.
- Joy, a situação é mais grave do que você descreveu na carta que seu Delibird me entregou. Vou ter que deixar a cidade e voltar para Downer o mais rápido possível. Meus pokémons já estão bem recuperados?
- Estão sim. Aqui. – A Joy entregou 4 pokebolas para a líder do GYM – Me mantenha informada. Informarei Ricardo também, ele precisa saber.
- Tudo bem, mas seja discreta. Sem alarmes. Que os ventos de Articuno protejam-na.
Frella saiu com pressa, montou em um Delcatty que a esperava e foi embora, deixando seu ar gelado por onde passava. Seus cabelos balançavam e deixavam a vista parte de seu pescoço, branco assim como o rosto. A enfermeira Joy olhou para os três e colocou o dedo indicador na frente da boca, pedindo para que não contassem aquilo para ninguém.
Outro conhecido entrou no Centro Pokémon naquele instante. Ao seu lado estava um de seus companheiros usando seu cachecol vermelho.
- Cássio, o que faz por essas bandas? Perguntou Clara.
- Ei pessoal! Bom reencontrá-los. Mas faz pouco tempo desde a competição, então não tive tanta saudade. – Ele disse rindo. – Como não haverá concursos por algum tempo, decidi treinar minha nova aquisição, um Aron.
- Você vai aproveitar a vantagem que ele tem sobre pokémons de gelo por ser um Pokémon metálico, certo? Pena que eu estou indo embora hoje mesmo. A garota respondeu, enquanto Karina e Rodrigo deixaram os dois sozinhos para encontrarem Drake.
- Isso mesmo. Pena que você não estará por aqui. Queria te mostrar como ele é forte.
- Não seja por isso. Podemos fazer uma pequena batalha. Ela propôs.
- Ok, só vou deixar minha mochila com a Joy e nós podemos ir.
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Enquanto isso, Karina e Rodrigo se aproximaram de onde Drake estava e puderam ver Wartortle, Dratini e Snover para fora da pokebola. O último, entretanto, estava deitado com a cabeça apoiada na parede e parecia estar entediado com tudo aquilo.
- Vamos mais uma vez. Dratini use o Wrap... Drake foi interrompido pela chegada dos amigos e ficou constrangido de novo.
- Como vai o treinamento? Rodrigo perguntou.
- Estou inventando técnicas para batalhas em duplas. Ledian e Vulpix se deram muito bem. Enquanto o Snover fica ai sem querer ajudar. Ele respondeu olhando para seu mais novo Pokémon que agora fazia malabarismo com uma bola de neve.
- Com o tempo ele aprende a gostar de batalhas. Sabe, andei pensando e acho que o Wartortle está perto de aprender o Rapid Spin. Ele já desliza dentro do casco facilmente. Um pouco de treinamento e ele domina a técnica. Mas e o Dratini? Está treinando-o também? Karina perguntou.
- Sim. Ele ainda é um Pokémon muito novo, mas precisa crescer e melhorar nas batalhas. Wartortle está dando suporte para ele vejam: Dratini use o Wrap, Wartortle, como Rodrigo disse, Rapid Spin.
O Pokémon aquático não entendeu o comando.
- Entre no casco e deslize como fizemos no ginásio.
Dratini abraçou o casco de Wartortle e os dois começaram a deslizar pelo gelo misturado com neve. Era como se fosse um só Pokémon.
- Agora Thunder Wave.
A pele azulada de Dratini começou a soltar faíscas e uma onda elétrica se espalhou por onde passaram. Entretanto, ao terminarem a combinação, Wartortle sentiu os efeitos do golpe elétrico.
- Bela combinação. Pena que Wartortle também fica paralisado, mas se for utilizado da maneira certa, pode ser uma boa estratégia. - Parabenizou Rodrigo, dando força para o amigo. – Nós viemos até aqui para te perguntar uma coisa.
Rodrigo então explicou tudo o que estava acontecendo. Falou sobre Henrique, o laboratório e a batalha contra o cérebro. Ao final perguntou o que o amigo preferia fazer.
- Eu tenho que treinar urgentemente. Não posso desviar do meu objetivo e quero vencer o ginásio de gelo o mais rápido possível. Não tenho tempo para ir fazer visitas infelizmente. Ele respondeu.
- Mas você não poderá ter a sua batalha de ginásio por agora. Acabamos de ver Frella conversando com a Joy e dizendo que vai deixar a cidade por alguns dias. Karina pontuou.
- Que péssima notícia. Mas de qualquer forma, acho que vai ser mais proveitoso assistir à batalha de Rodrigo e aprender algumas coisas.
Os três ficaram calados por um instante pensando no que o futuro lhes reservava. Karina e seu fóssil, Rodrigo e a batalha que se aproximava e Drake e a sua revanche. Mais uma vez, a neve voltou a cair devagar. Snover ficou feliz e começou a brincar com os flocos que caiam sobre sua pele e o refrescavam. Enquanto isso, Dratini chegou perto de Drake e mostrou que estava com muito frio, além do que a neve que caia o machucava muito. Assim como Wartortle, ele voltou para a pokebola.
- Está quase na hora do carro que vai nos dar carona chegar. Vou voltar para o Centro e arrumar minhas coisas. Vocês vêm? Karina quebrou o silencio e foi acompanhada por Rodrigo.
- Eu vou tentar treinar um pouco com Snover já que agora ele está feliz porque está nevando. Encontro vocês daqui a pouco.
Mais uma vez, Drake ficou sozinho enquanto os dois voltavam. Aquele era um dia incomum, Drake treinou o dia inteiro enquanto Clara ficou no Centro com medo do frio o tempo todo. Eles não se viram.
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Clara e Cássio estavam prontos para a batalha. Teddiursa de um lado e Aron do outro.
- Primeiros as damas. Ele falou.
- Então vamos com o Dig.
Teddiursa abriu um espaço na neve e perfurou o chão. Aron permanecia imóvel com uma expressão de insegurança, normal em pokémons inexperientes.
- Magnet Rise.
Pequenas faíscas começaram a surgir nas patas de Aron, vindas do chão. Ele estava agora levitando. Naquele momento, Clara descobriu como era realizado o truque de levitação no show Pokémon que eles assistiram. Dessa forma, o ataque terrestre de Teddiursa errou o alvo.
- Boa técnica de defesa, já que o Aron é duplamente vulnerável à ataques terrestres. Disse Clara impressionada.
- Obrigado. Vamos aquecer isso aqui. Use o Metal Claw.
- Evasiva.
Mas foi inútil. Teddiursa escorregou na neve e ficou caído, pronto para receber o golpe. Aron então atacou o oponente com suas patas dianteiras.
- Teddiursa levante-se e use o infalível Faint Attack.
- Harden.
Ao comando de Cássio, o corpo de Aron endureceu e certo brilho apareceu em sua superfície. O golpe noturno acertou em cheio, mas tirou menos do que o esperado. A luta entre eles fazia aumentar mais ainda a rivalidade. Desde que Adriana apareceu os dois tem juntado as forças para que ela não os trapaceie e, por isso, haviam se esquecido de que competiam pelo menos triunfo. Teddiursa e Aron se encaravam no campo cercado por neve.
- Mud Slap.
- Cuidado, use as mãos para proteger os olhos.
Teddiursa então usou uma de suas mãos para desviar a lama. Naquele momento uma sombra arroxeada apareceu em seu braço e pontas que pareciam unhas de luz surgiram nas mãos.
- Você também tem novas técnicas então? Shadow Claw é muito poderoso.
Clara percebeu então o que tinha acontecido. Teddiursa aprendeu um novo golpe, o Shadow Claw. Mas ela escondeu isso de Cássio e o deixou pensando que ela já sabia do novo golpe.
- Hidden Power.
- Mud Slap mais uma vez.
As esferas brilhantes fizeram como nos treinamentos. Elas iam em direção ao oponente em um caminho espiral, dificultando a evasiva. Aron ficou surpreso e não usou o seu golpe a tempo, recebendo em cheio o do adversário. Ele caiu no chão, mas logo se levantou.
- Vamos terminar com Shadow Claw.
- Revide com Metal Claw.
Os dois então se lançaram para o choque. O braço do pequeno urso de Clara brilhava com o roxo característico dos golpes fantasmas, enquanto a pata de Aron refletia a luz solar, assim como os metais. As “garras”se chocaram e pareciam ter empatado, até que Teddiursa usou o outro braço, invocando também a força do tipo fantasma e aplicou um golpe diretamente na cabeça de Aron, afundando-o em um monte de neve. O urso conseguiu retornar ao chão sem grandes danos e então se desfez do brilho nos membros superiores.
- Aron você foi excelente. Obrigado. – Disse Cássio retornando o Pokémon que estava fora de combate. – Que bela batalha. Parece que você tem treinando bastante.
- Um pouco apenas. – Disse a garota rindo, seu sorriso misturava vergonha e felicidade. – Olha, Karina está voltando.
- Ei, te procurei por toda parte. Nossa carona já chegou, vamos logo. Disse Karina de longe mesmo.
- Vamos sim. Nos vemos por ai, Cássio. Até mais. Clara recolheu Teddiursa rápido com medo de perder a carona e foi correndo pegar suas coisas no centro Pokémon. Cássio ainda ficou um tempo por ali, pensando na batalha que acabava ali.
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- Rodrigo, boa sorte em sua batalha. Mande-nos notícia. Diga para Drake que não pudemos esperá-lo para nos despedir e não o deixe ficar depressivo de novo. Gritou Clara da janela do carro, enquanto elas iam embora.
Rodrigo abriu um sorriso e acenou com uma das mãos. O vento frio levava a neve até seu rosto, fazendo-a derreter quando se chocava contra a pele. Ele voltou para o Centro Pokémon para se aquecer.
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Drake e Snover ainda ficaram para fora enquanto a neve caia. Finalmente, o Pokémon de gelo decidiu treinar um pouco seus golpes. Eles ficaram treinando uma combinação de Mist e Ice Shard, escondendo-se na névoa e lançando o ataque. De uma árvore alguém observava e percebeu que era a hora de agir.
- Então você não se cansa de querer se vingar do Snover? Drake falou para o Pokémon que desceu da árvore e agora encarava o treinador.
Riolu estava de pé e usou sua aura para tentar chamar a atenção de Drake. Os cabelos de Drake arrepiaram com o choque entre as auras e ele sentiu que a partir dali algo ia ser diferente.
- Seu irmão ligou? Perguntou Karina para Clara enquanto as duas se preparavam para dormir depois da derrota de Drake no ginásio de Upper.
- Na verdade fui eu que liguei. Queria dicas sobre como usar golpes do tipo grama do Sunkern. Ele tem um Grovyle e sabe bastante sobre pokémons de planta. – Clara já havia colocado seu pijama de Togepi e estava pegando as muitas cobertas necessárias para que ela não sentisse frio algum. – Não sei se você se lembra, mas o Henrique, meu irmão, está trabalhando em um laboratório, cuidando de pokémons abandonados e feridos. Então, depois de ficar sabendo que não haverá concursos por algumas semanas devido à doença da apresentadora, ele nos convidou a passar alguns dias no laboratório com ele. Não é muito longe daqui.
- Seria bom para o Drake refrescar a cabeça depois da derrota. O problema é que Rodrigo quer desafiar o cérebro da fronteira que fica aqui por perto. Não sei se ele vai topar isso.
- É... Vamos ver amanhã com eles. Boa noite! Tomara que não faça muito frio hoje.
- Boa noite “friorenta”. Karina respondeu se virando para dormir.
No meio da noite a porta do dormitório dos garotos se abriu e um vulto pôde ser visto saindo. Sorrateiramente ele andou pelos corredores do Centro Pokémon sem querer ser visto pela enfermeira Joy ou sua Chansey, que ficavam de plantão. Ao chegar à porta que queria, levantou os braços e realizou seu trabalho pelo buraco da fechadura. Quando tudo estava certo uma risada ecoou baixinha pelos corredores e não acordou ninguém.
- Ka... ri... na... Você está acordada? Hein? Karina?
- O que foi Clara? A garota respondeu ainda meio dormindo.
- Você não está sentindo esse frio todo? Perguntou Clara encolhida em seus 5 cobertores. Que a princípio eram desnecessários já que havia aquecimento interno no Centro. Com os olhos inchados a outra garota respondeu:
- Está frio mesmo. Estranho isso, ontem não estava frio assim. Já sei. Cyndaquil precisamos de uma ajudinha sua.
Uma pokebola apareceu na mão de Karina e ao ser aberta, produziu um brilho intenso que se transformou no pequeno Pokémon de fogo. Ele também estava sonolento.
- Use um pouco dos seus golpes de fogo par aquecer o quarto.
Minutos depois o quarto já estava mais quente do que elas precisavam. A pedido de Karina, Cyndaquil dormiu fora da pokebola para que o calor do seu corpo pudesse ajudar a aquecer. O resto da noite foi calmo e sem mais problemas. O vento frio batia na janela e não conseguia invadir o quarto, lá fora a neve caia sem interrupção e espantava todos os tipos de pokemons voadores que por ali passavam.
Na manhã seguinte Karina acordou bem cedo para a sua corrida matinal de treinamento com Poliwirl. Além de Poliwirl, o imperativo Plusle também a acompanhava todas as manhãs. A garota se levantou, trocou de roupa e foi conferir se Cyndaquil tinha dormido bem. Entretanto, o Pokémon não se encontrava onde deveria estar: no corredor entre a cama dela e o monte de cobertor no qual Clara se escondia.
- Clara! O Cyndaquil sumiu. Ela falou alto, mas sem chegar a gritar.
- Anh? O que foi? Clara respondeu assustada com o barulho.
Nesse momento, Karina percebeu que Cyndaquil também estava debaixo dos cobertores. Provavelmente, Clara o pegou durante a noite para se aquecer mais ainda. No entanto, outras coisas aconteceram.
- Não! Meu cobertor de Lunatone! Está cheio de buracos! Clara gritou em desespero.
- Mas também não deveria ser diferente, já que o Cyndaquil dormiu com você. As chamas dele devem ter acendido enquanto ele sonhava. Agora esses Lunatones estão mais parecidos com Solrocks. Karina respondeu ao ver o cobertor e as marcas de fogo.
Cyndaquil olhou para as duas com expressão de desculpas. Se ele pudesse falar, talvez tivesse dito que não foi de propósito.
- Pelo menos o meu cobertor de Flareon continua intacto. Ufa. Clara falou se acalmando e perdoando o pequeno pokémon de fogo.
Karina não queria perder mais tempo, então colocou sua blusa de frio e saiu para correr com Plusle e Poliwirl, deixando Porygon, Cyndaquil e Rotom aos cuidados da enfermeira Joy. Mais uma vez o sol raiava solitário no céu, sem nenhuma nuvem para lhe fazer companhia. Mesmo assim, o frio era intenso e a neve parecia longe de derreter. Plusle parecia não se importar com a temperatura, enquanto Poliwirl tinha a expressão de que a água que estava dentro de seu corpo congelava mais e mais a cada instante.
Plusle corria na frente, acenando para sua treinadora e seu companheiro irem mais rápido a todo instante. De vez em quando ele usava o Iron Tail para retirar a neve do caminho. De repente algo chamou a atenção do rato elétrico.
- Plusle volte aqui. Não vá criar confusão com pokémons selvagens. Karina falou enquanto desviava do caminho para resgatar o bagunceiro.
Todavia, ele havia parado de perseguir seu alvo e Karina pode ver o motivo. Era uma Froslass que estava parada encarando-o e preparada para batalhar. A cara dela dava medo em qualquer um, era como se estivesse usando o Scary Face. Atrás dela estava um pequeno Snorunt que parecia feliz por estar sendo protegido.
- Vamos fugir. Disse Clara para seus pokemons, sabendo que eles iriam passar dificuldades contra uma Froslass.
Mas foi tarde demais, Frosslas já havia usado o Double Team para se multiplicar e cercar o Plusle. Todas as cópias então começaram a usar o Powder Snow em direção ao Pokémon elétrico. Em resposta, Plusle colocou a língua para fora e fez careta para o Snorunt.
Karina observou tudo aquilo e viu que o Plusle ia ser acertado em cheio. Mas quando o ataque de gelo estava se aproximando, Plusle apareceu ao lado de sua treinadora. Ele havia usado o Substitute e deixado uma cópia de si mesmo como distração. “Pelo menos ele é esperto.”
A corrida matinal continuou, até que eles chegaram perto do Centro Pokémon. Como sempre, Plusle corria na frente. Ele, então, virou par trás tentando se gabar de que era mais rápido e tropeçou feio, caindo de cara no chão. Karina conteve o riso e foi ver o que tinha acontecido. Ela percebeu que havia um pequeno nó feito de grama em volta do pé do Pokémon e pode escutar uma risada bem baixinha vindo de certa direção. Logo depois, a risada se transformou em gargalhada quando o Plusle se levantou com a cara ainda amassada devido à queda. Entretanto, essa cara durou pouco tempo, já que uma expressão de Kangaskhan enfurecido tomou seu lugar.
Um Thunderbolt carregado com toda a raiva foi em direção à árvore de onde vinha a risada. Recebendo o golpe, um Snover saiu do seu esconderijo eletrocutado. Os dois, Plusle e Snover, então se encararam. Os olhos de ambos estavam bem abertos e esperando a ação do oponente, mas foram interrompidos por uma voz:
- SNOVER! Para variar você não está prestando atenção no treinamento. Volte aqui agora.
Karina se surpreendeu ao ver Drake por ali. Mais atrás estavam seus outros cinco pokémons: Wartortle, Cubone, Ledian, Vulpix e Dratini. Parecia que ele estava treinando. Ao vê-lo ela sorriu e não foi correspondida. Drake fez uma expressão de incomodado, parecia que ele estava com vergonha de ter perdido a batalha de ginásio. A garota resolveu não tocar no assunto:
- Seu Snover usou as técnicas que ele aprendeu enquanto fazia o show para derrubar o Plusle. Assim os dois ficaram encarando um ao outro.
- Eu já disse para você não fazer isso. – Drake disse nervoso para seu Pokémon. – Agora vamos voltar para o treinamento.
Snover fez uma cara de desprezo para Plusle e foi correspondido com uma careta e uma língua para fora, assim como foi feito com o Snorunt. Karina, por sua vez, voltou para o Centro Pokémon, recolheu todos os seus pokémons e foi procurar por Clara e Rodrigo.
- Ai estão vocês! Drake está lá fora treinando. Parece que perder o deixou bem chateado e agora ele vai se esforçar mais.
- É verdade. Ele mal dormiu de noite e saiu bem cedo para treinar. Já está lá há horas. – Disse Rodrigo pensativo. – Mas, aqui o assunto é outro. Clara arranjou uma carona para ir até o laboratório onde Henrique trabalha e vai hoje mesmo para lá. Temos que decidir se vamos com ela ou não.
- Por mim tanto faz. Não tenho nenhum compromisso. Ela respondeu.
- Rodrigo, não precisa ir por minha causa. Eu sei que você quer conseguir o seu primeiro símbolo da fronteira. Pena que eu não poderei assistir à luta. Clara falou para o amigo.
- Você já não iria de qualquer forma. Pelo que me falaram o campo de batalha é a céu aberto e nesse frio você não ia ficar assistindo nada. – Ele retrucou. – Então vou ficar para o desafio e eu prometo vê-la em seu próximo concurso. Mas acho que a Karina devia ir, creio que lá ela poderá ter uma surpresa.
- Surpresa? Eu?
- É! Lembra-se do presente que lhe dei? Talvez lá você consiga revivê-lo.
Karina se lembrou do fóssil que recebeu em troca de ajudar Rodrigo com seu Larvitar. Ele andava a tanto tempo no fundo de sua mochila que mal se lembrava dele.
- É mesmo! Esses laboratórios costumam conseguir reviver os fósseis. Então é isso. Vou com você Clara. Agora só falta saber o que o Drake vai querer.
Os três estavam saindo do Centro Pokémon quando Frella entrou dando passos rápidos. Ela os cumprimentou com o olhar e foi falar com a enfermeira Joy. De onde estavam puderam ouvir tudo.
- Joy, a situação é mais grave do que você descreveu na carta que seu Delibird me entregou. Vou ter que deixar a cidade e voltar para Downer o mais rápido possível. Meus pokémons já estão bem recuperados?
- Estão sim. Aqui. – A Joy entregou 4 pokebolas para a líder do GYM – Me mantenha informada. Informarei Ricardo também, ele precisa saber.
- Tudo bem, mas seja discreta. Sem alarmes. Que os ventos de Articuno protejam-na.
Frella saiu com pressa, montou em um Delcatty que a esperava e foi embora, deixando seu ar gelado por onde passava. Seus cabelos balançavam e deixavam a vista parte de seu pescoço, branco assim como o rosto. A enfermeira Joy olhou para os três e colocou o dedo indicador na frente da boca, pedindo para que não contassem aquilo para ninguém.
Outro conhecido entrou no Centro Pokémon naquele instante. Ao seu lado estava um de seus companheiros usando seu cachecol vermelho.
- Cássio, o que faz por essas bandas? Perguntou Clara.
- Ei pessoal! Bom reencontrá-los. Mas faz pouco tempo desde a competição, então não tive tanta saudade. – Ele disse rindo. – Como não haverá concursos por algum tempo, decidi treinar minha nova aquisição, um Aron.
- Você vai aproveitar a vantagem que ele tem sobre pokémons de gelo por ser um Pokémon metálico, certo? Pena que eu estou indo embora hoje mesmo. A garota respondeu, enquanto Karina e Rodrigo deixaram os dois sozinhos para encontrarem Drake.
- Isso mesmo. Pena que você não estará por aqui. Queria te mostrar como ele é forte.
- Não seja por isso. Podemos fazer uma pequena batalha. Ela propôs.
- Ok, só vou deixar minha mochila com a Joy e nós podemos ir.
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Enquanto isso, Karina e Rodrigo se aproximaram de onde Drake estava e puderam ver Wartortle, Dratini e Snover para fora da pokebola. O último, entretanto, estava deitado com a cabeça apoiada na parede e parecia estar entediado com tudo aquilo.
- Vamos mais uma vez. Dratini use o Wrap... Drake foi interrompido pela chegada dos amigos e ficou constrangido de novo.
- Como vai o treinamento? Rodrigo perguntou.
- Estou inventando técnicas para batalhas em duplas. Ledian e Vulpix se deram muito bem. Enquanto o Snover fica ai sem querer ajudar. Ele respondeu olhando para seu mais novo Pokémon que agora fazia malabarismo com uma bola de neve.
- Com o tempo ele aprende a gostar de batalhas. Sabe, andei pensando e acho que o Wartortle está perto de aprender o Rapid Spin. Ele já desliza dentro do casco facilmente. Um pouco de treinamento e ele domina a técnica. Mas e o Dratini? Está treinando-o também? Karina perguntou.
- Sim. Ele ainda é um Pokémon muito novo, mas precisa crescer e melhorar nas batalhas. Wartortle está dando suporte para ele vejam: Dratini use o Wrap, Wartortle, como Rodrigo disse, Rapid Spin.
O Pokémon aquático não entendeu o comando.
- Entre no casco e deslize como fizemos no ginásio.
Dratini abraçou o casco de Wartortle e os dois começaram a deslizar pelo gelo misturado com neve. Era como se fosse um só Pokémon.
- Agora Thunder Wave.
A pele azulada de Dratini começou a soltar faíscas e uma onda elétrica se espalhou por onde passaram. Entretanto, ao terminarem a combinação, Wartortle sentiu os efeitos do golpe elétrico.
- Bela combinação. Pena que Wartortle também fica paralisado, mas se for utilizado da maneira certa, pode ser uma boa estratégia. - Parabenizou Rodrigo, dando força para o amigo. – Nós viemos até aqui para te perguntar uma coisa.
Rodrigo então explicou tudo o que estava acontecendo. Falou sobre Henrique, o laboratório e a batalha contra o cérebro. Ao final perguntou o que o amigo preferia fazer.
- Eu tenho que treinar urgentemente. Não posso desviar do meu objetivo e quero vencer o ginásio de gelo o mais rápido possível. Não tenho tempo para ir fazer visitas infelizmente. Ele respondeu.
- Mas você não poderá ter a sua batalha de ginásio por agora. Acabamos de ver Frella conversando com a Joy e dizendo que vai deixar a cidade por alguns dias. Karina pontuou.
- Que péssima notícia. Mas de qualquer forma, acho que vai ser mais proveitoso assistir à batalha de Rodrigo e aprender algumas coisas.
Os três ficaram calados por um instante pensando no que o futuro lhes reservava. Karina e seu fóssil, Rodrigo e a batalha que se aproximava e Drake e a sua revanche. Mais uma vez, a neve voltou a cair devagar. Snover ficou feliz e começou a brincar com os flocos que caiam sobre sua pele e o refrescavam. Enquanto isso, Dratini chegou perto de Drake e mostrou que estava com muito frio, além do que a neve que caia o machucava muito. Assim como Wartortle, ele voltou para a pokebola.
- Está quase na hora do carro que vai nos dar carona chegar. Vou voltar para o Centro e arrumar minhas coisas. Vocês vêm? Karina quebrou o silencio e foi acompanhada por Rodrigo.
- Eu vou tentar treinar um pouco com Snover já que agora ele está feliz porque está nevando. Encontro vocês daqui a pouco.
Mais uma vez, Drake ficou sozinho enquanto os dois voltavam. Aquele era um dia incomum, Drake treinou o dia inteiro enquanto Clara ficou no Centro com medo do frio o tempo todo. Eles não se viram.
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Clara e Cássio estavam prontos para a batalha. Teddiursa de um lado e Aron do outro.
- Primeiros as damas. Ele falou.
- Então vamos com o Dig.
Teddiursa abriu um espaço na neve e perfurou o chão. Aron permanecia imóvel com uma expressão de insegurança, normal em pokémons inexperientes.
- Magnet Rise.
Pequenas faíscas começaram a surgir nas patas de Aron, vindas do chão. Ele estava agora levitando. Naquele momento, Clara descobriu como era realizado o truque de levitação no show Pokémon que eles assistiram. Dessa forma, o ataque terrestre de Teddiursa errou o alvo.
- Boa técnica de defesa, já que o Aron é duplamente vulnerável à ataques terrestres. Disse Clara impressionada.
- Obrigado. Vamos aquecer isso aqui. Use o Metal Claw.
- Evasiva.
Mas foi inútil. Teddiursa escorregou na neve e ficou caído, pronto para receber o golpe. Aron então atacou o oponente com suas patas dianteiras.
- Teddiursa levante-se e use o infalível Faint Attack.
- Harden.
Ao comando de Cássio, o corpo de Aron endureceu e certo brilho apareceu em sua superfície. O golpe noturno acertou em cheio, mas tirou menos do que o esperado. A luta entre eles fazia aumentar mais ainda a rivalidade. Desde que Adriana apareceu os dois tem juntado as forças para que ela não os trapaceie e, por isso, haviam se esquecido de que competiam pelo menos triunfo. Teddiursa e Aron se encaravam no campo cercado por neve.
- Mud Slap.
- Cuidado, use as mãos para proteger os olhos.
Teddiursa então usou uma de suas mãos para desviar a lama. Naquele momento uma sombra arroxeada apareceu em seu braço e pontas que pareciam unhas de luz surgiram nas mãos.
- Você também tem novas técnicas então? Shadow Claw é muito poderoso.
Clara percebeu então o que tinha acontecido. Teddiursa aprendeu um novo golpe, o Shadow Claw. Mas ela escondeu isso de Cássio e o deixou pensando que ela já sabia do novo golpe.
- Hidden Power.
- Mud Slap mais uma vez.
As esferas brilhantes fizeram como nos treinamentos. Elas iam em direção ao oponente em um caminho espiral, dificultando a evasiva. Aron ficou surpreso e não usou o seu golpe a tempo, recebendo em cheio o do adversário. Ele caiu no chão, mas logo se levantou.
- Vamos terminar com Shadow Claw.
- Revide com Metal Claw.
Os dois então se lançaram para o choque. O braço do pequeno urso de Clara brilhava com o roxo característico dos golpes fantasmas, enquanto a pata de Aron refletia a luz solar, assim como os metais. As “garras”se chocaram e pareciam ter empatado, até que Teddiursa usou o outro braço, invocando também a força do tipo fantasma e aplicou um golpe diretamente na cabeça de Aron, afundando-o em um monte de neve. O urso conseguiu retornar ao chão sem grandes danos e então se desfez do brilho nos membros superiores.
- Aron você foi excelente. Obrigado. – Disse Cássio retornando o Pokémon que estava fora de combate. – Que bela batalha. Parece que você tem treinando bastante.
- Um pouco apenas. – Disse a garota rindo, seu sorriso misturava vergonha e felicidade. – Olha, Karina está voltando.
- Ei, te procurei por toda parte. Nossa carona já chegou, vamos logo. Disse Karina de longe mesmo.
- Vamos sim. Nos vemos por ai, Cássio. Até mais. Clara recolheu Teddiursa rápido com medo de perder a carona e foi correndo pegar suas coisas no centro Pokémon. Cássio ainda ficou um tempo por ali, pensando na batalha que acabava ali.
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- Rodrigo, boa sorte em sua batalha. Mande-nos notícia. Diga para Drake que não pudemos esperá-lo para nos despedir e não o deixe ficar depressivo de novo. Gritou Clara da janela do carro, enquanto elas iam embora.
Rodrigo abriu um sorriso e acenou com uma das mãos. O vento frio levava a neve até seu rosto, fazendo-a derreter quando se chocava contra a pele. Ele voltou para o Centro Pokémon para se aquecer.
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Drake e Snover ainda ficaram para fora enquanto a neve caia. Finalmente, o Pokémon de gelo decidiu treinar um pouco seus golpes. Eles ficaram treinando uma combinação de Mist e Ice Shard, escondendo-se na névoa e lançando o ataque. De uma árvore alguém observava e percebeu que era a hora de agir.
- Então você não se cansa de querer se vingar do Snover? Drake falou para o Pokémon que desceu da árvore e agora encarava o treinador.
Riolu estava de pé e usou sua aura para tentar chamar a atenção de Drake. Os cabelos de Drake arrepiaram com o choque entre as auras e ele sentiu que a partir dali algo ia ser diferente.
e o resto das historias,eu quero saber quando vão sair.
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